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Precisei colocar a moderação nos comentários por causa de alguns spans que pintaram por aqui.
Você, que não é spam, faça o seu, fique a vontade.
Namastê.

fadas da noite

As previsões feitas nesse blog são gerais, falam do astral do período, não são direcionadas para o indivíduo. Para fazer previsões pessoais, você precisa consultar um(a) astrólogo(a) ou numerólogo(a) e usar seu mapa astral ou numerológico de nascimento. Não estou atendendo consultas. Faço o blog porque gosto.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

Feliz Dia da Mulher, para todos!
Salve, Hipátia !
"Todas as religiões dogmáticas formais são falaciosas, e nunca devem ser aceitas, em definitivo, por pessoas com auto estima." (Hipátia, de Alexandria)

Hoje, temos o Dia Internacional da Mulher, que poderia ser uma festa, mas foi criado para lembrar das lutas femininas, e elas ainda estão muito longe de terem alcançado seus objetivos.
Sem dúvida conquistamos direitos (na verdade não conquistamos, apenas recuperamos alguns dos direitos que nos foram tirados, pois a Mãe Natureza deu liberdade aos machos e fêmeas para serem o que são).

Procurei saber o motivo da escolha do dia 08 de março e, oficialmente, nada encontrei.
Encontrei o seguinte:
Aconteceu em 1911 (não no dia 08 de março, mas no dia 25) um grande incêndio em uma fábrica têxtil, em Nova York, quando 120 a 130 operárias mulheres que trabalhavam na confecção de vestuários, morreram, presas ali.
Até hoje não foi provado que o incêndio foi criminoso (oficialmente) mas.. provavelmente acho que foi.
Elas protestavam contra jornada abusiva de trabalho (16 horas por dia) e condições insalubres.
Não somente elas estavam fazendo greves e protestos, isso acontecia em vários lugares.
Foi algo horrível, mas não foi esse o motivo isolado da criação do Dia da Mulher.
Esse fato foi levado para a criação do Dia do Trabalho, junto com outros, também horríveis.

A luta das mulheres de várias partes do mundo por direitos e liberdade é algo que vem acontecendo há muitos anos, é antiga.
Em 1908, nos Estados Unidos, foi comemorado o primeiro Dia Internacional da Mulher, em um movimento pela igualdade econômica e política, que estava em crescimento, promovida pelo Partido Socialista da América.
Em 1910, na Dinamarca, em uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas com 17 países, ficou decidido criar uma data mundial, para reforçar a luta feminina por respeito e igualdade de direitos (porque deveres, sempre tivemos, mas direitos, nem sempre).
Em 1917, no dia 08 de março, aconteceu um enorme protesto de mulheres, chamado "Pão e Paz", na Rússia, contra o Czar Nicolau II, mas essa data só foi oficializada em 1921.

Portanto, o primeiro Dia Internacional da Mulher, oficial, foi a partir de 08 de março de 1917 (lembrando a data do protesto "Pão e Paz", na Rússia).

Mas.. somente a partir de 1977 a ONU reconheceu esse dia como internacional, representando a luta das mulheres, particularmente vinda do movimento feminista.

Bem, qual não foi a minha surpresa, ao constatar que, COINCIDENTEMENTE, a morte cruel de Hipátia também aconteceu nesse dia, 08 de março, no ano de 415 d.C.
Essa mulher, Hipátia, e sua linda, porém triste história representa com toda a propriedade a situação e a luta das mulheres, pelo direito de apenas serem o que são e o que querem ser, seja isso donas de casa, empresárias, trabalhadoras braçais, cientistas, médicas, secretárias, astrólogas, astronautas, com filhos ou sem filhos, bruxas, cristãs, ateias, héteros, lésbicas, virgens, etc, da mesma maneira que os homens, não importando também a sua raça ou condição social.

E aqui entra a minha opinião: falei da mesma maneira, nem mais, nem menos.

Até algum tempo atrás eu me considerava feminista, embora nunca tenha participado de movimento social nenhum. Mas como todos os movimentos têm seus radicalismos, prefiro não usar essa palavra, pois não sou contra os homens, sou contra o machismo.

Alguns homens e mulheres machistas não percebem, mas a cultura machista lhes prejudica muito, também.

Os homens e as mulheres não são iguais, mas iguais devem ser os seus direitos como pessoas, livres, e que têm muito a contribuir em seja qual for a sociedade que vivam.
Eu amo ter sido mãe de 2 filhos, e não me arrependo de nenhuma decisão tomada para criá-los da melhor maneira que pude. Sou daquelas mulheres que ama a maternidade. Também amo os animais, amo trabalhar, e amo estudar.
Mas outras mulheres podem fazer escolhas diferentes das minhas, e todas nós devemos ter o direito de lutar pelo que acreditamos.
Não só nós, mas nossos homens e filhos também se beneficiam com essa liberdade.
O mundo precisa dessa liberdade.
O mundo necessita da energia feminina e da energia masculina, seja ela manifestada em héteros, gays, ou celibatários.
Essa é a minha opinião pessoal.

Para quem ainda não assistiu, a vida de Hipátia foi retratada no filme Alexandria (também com o título de Àgora).

Ela levou a sério o direito que tinha de ser uma pessoa livre, independente de seu sexo, religião ou condição social, e pagou por isso com a própria vida.

Estava começando, irrevogavelmente, uma era de enorme injustiça e opressão, principalmente contra a mulher, mas também contra alguns homens que não se encaixariam nos novos padrões exigidos ali.
Hipátia não era pobre, era de alta classe da época, culta e amante do conhecimento, ensinava várias coisas a alunos ricos e pobres, pois seu sonho era divulgar tudo o que sabia para o maior número possível de pessoas.

Ela abriu mão de casar e ter filhos, pois dizia que já era casada, com a Verdade.

Escreveu livros e suas áreas principais eram a Matemática, Astronomia, Física, Lógica, e também ensinava Medicina e Filosofia, além de ter estudado Direito.

Por isso, escolho Hipátia para me representar nesse Dia Internacional da Mulher.
Ela não escolheu, mas infelizmente foi mártir pela defesa da liberdade (de homens e mulheres, e não somente de si própria).

Tenho certeza que a Mãe foi ferida, e o Pai, também, e devem tê-la recebido com honras, como ela merecia, em outro plano.

Cada vez que você machuca algum ser, essa ferida volta para você, seja esse ser uma mulher, um homem, um animal..
E cada vez que uma mulher é ferida ou agredida, perseguida ou abusada, está sendo machucada a energia que doa a vida, não apenas através da maternidade, mas pelo instinto, que vem com nós todas.
O homem fertiliza, e a mulher doa.
Não deve haver escravos no mundo, nem homens, nem mulheres, nem animais, nenhum ser deve ser escravizado ou explorado.
Estamos num planeta que todos usam e são usados; fazemos parte da cadeia alimentar e somos devorados também, mas usar não significa explorar, ou escravizar, e só os humanos, nenhum outro animal ou planta faz isso.

Se você observar mais a Natureza, verá que todos usam e devolvem, há uma troca constante de energias, plantas, animais, nós.. mas só a humanidade pega mais do que necessita, só a humanidade estoca bens, só a humanidade destrói o planeta que lhe acolhe, só a humanidade cospe no prato que come.

Triste sim, mas para lembrar o quão generosa pode ser uma mulher, constantemente despejando seus conhecimentos, e quão firmes podem ser seus valores internos, ao ponto de passar o que ela (Hipátia) passou, apenas por ter tentado ser o que ela era.

Que isso nunca mais se repita.
Que tenhamos uma sociedade livre, justa, e boa de se viver, para homens e mulheres.
Para que isso aconteça, o mundo precisa urgentemente tratar as mulheres com respeito.
fontes:









Namastê.

Um comentário:

João Inácio disse...

Que belo texto! Obrigado por tê-lo compartilhado conosco.